De repente, bate um desejo de fuga...
Fugir dessa vida moderna, dos celulares, computadores, automóveis, televisão, shopping center e todas essas coisas que foram inventadas para nos facilitarem a vida, mas que, no fundo, nos aprisionam e nos tormentam...
Desejo de uma vida mais simples em que o pão de cada dia não fosse tão arduamente conquistado. Uma vida em que não houvesse tantas preocupações com coisas que amanhã o tempo vai transformar em pó.
Como foi que nos enredamos tanto com esse tipo de vida que agora não conseguimos mais mudar, mesmo sabendo que tudo isso não traz satisfação nem felicidade?
A obsessão pelo trabalho produtivo, pela eficiência profissional. Não perder tempo! Tempo é dinheiro! Quando sair de férias, leve suas tralhas eletrônicas para continuar ligado ao trabalho. Verifique várias vezes por dia sua correspondência eletrônica, mantenha-se a par das cotações da bolsa, não se esqueça de ler os principais jornais. Você precisa vestir a camisa da empresa que o contratou, suar por ela, sacrificar a vida pessoal em benefício do sucesso na carreira. Sucesso! Sucesso a todo custo! Se não for invejado pelos outros é porque você não é bem-sucedido, é um fracassado. Use as roupas da moda para causar boa impressão, para passar a imagem de alguém antenado com seu tempo. A imagem é o que importa. Se não souber escolher a roupa adequada, contrate um assessor. Se não estiver em forma, contrate um personal training. Não fique por fora! Faça ginástica, malhe em academias, corra que nem um desesperado pelos parques e pelas avenidas poluídas, não perca as baladas, freqüente todas as festas, não recuse nenhum convite, dê opiniões sobre qualquer assunto, assista a todos os filmes, ouça todas as músicas, entupa-se de modernidade!
A engrenagem dessa sociedade neurótica nos envolve de tal maneira que nos sentimos mal se não seguimos suas ordens. Ficamos marginalizados. As pessoas nos olham com pena, como se fôssemos os últimos exemplares de uma raça em extinção.
Ah! Mas deixem-me sonhar com um outro tipo de vida. Uma vida em que não houvesse tanta cobiça de bens, tantos desejos insaciáveis, tanta correria atrás do vento... Deixem-me pensar que poderia haver um mundo em que a carreira profissional fosse apenas um aspecto da vida, necessário para o sustento, mas de maneira alguma o objetivo principal de uma existência. Uma profissão é importante, mas a vida de um homem não se esgota no trabalho. Não é o trabalho que deve nos dar uma identidade, e sim o relacionamento que cultivamos com outros seres humanos, os laços de afeto e solidariedade que tecemos e mantemos com aqueles com quem convivemos. Como escreveu Tagore, um poeta indiano, "Deus me estima quando trabalho, mas me ama quando canto".
Saibamos encontrar tempo para o amor e a poesia, para olhar o céu estrelado sobre nossas cabeças e para agradecer a Deus pelo dom da vida.
Fugir dessa vida moderna, dos celulares, computadores, automóveis, televisão, shopping center e todas essas coisas que foram inventadas para nos facilitarem a vida, mas que, no fundo, nos aprisionam e nos tormentam...
Desejo de uma vida mais simples em que o pão de cada dia não fosse tão arduamente conquistado. Uma vida em que não houvesse tantas preocupações com coisas que amanhã o tempo vai transformar em pó.
Como foi que nos enredamos tanto com esse tipo de vida que agora não conseguimos mais mudar, mesmo sabendo que tudo isso não traz satisfação nem felicidade?
A obsessão pelo trabalho produtivo, pela eficiência profissional. Não perder tempo! Tempo é dinheiro! Quando sair de férias, leve suas tralhas eletrônicas para continuar ligado ao trabalho. Verifique várias vezes por dia sua correspondência eletrônica, mantenha-se a par das cotações da bolsa, não se esqueça de ler os principais jornais. Você precisa vestir a camisa da empresa que o contratou, suar por ela, sacrificar a vida pessoal em benefício do sucesso na carreira. Sucesso! Sucesso a todo custo! Se não for invejado pelos outros é porque você não é bem-sucedido, é um fracassado. Use as roupas da moda para causar boa impressão, para passar a imagem de alguém antenado com seu tempo. A imagem é o que importa. Se não souber escolher a roupa adequada, contrate um assessor. Se não estiver em forma, contrate um personal training. Não fique por fora! Faça ginástica, malhe em academias, corra que nem um desesperado pelos parques e pelas avenidas poluídas, não perca as baladas, freqüente todas as festas, não recuse nenhum convite, dê opiniões sobre qualquer assunto, assista a todos os filmes, ouça todas as músicas, entupa-se de modernidade!
A engrenagem dessa sociedade neurótica nos envolve de tal maneira que nos sentimos mal se não seguimos suas ordens. Ficamos marginalizados. As pessoas nos olham com pena, como se fôssemos os últimos exemplares de uma raça em extinção.
Ah! Mas deixem-me sonhar com um outro tipo de vida. Uma vida em que não houvesse tanta cobiça de bens, tantos desejos insaciáveis, tanta correria atrás do vento... Deixem-me pensar que poderia haver um mundo em que a carreira profissional fosse apenas um aspecto da vida, necessário para o sustento, mas de maneira alguma o objetivo principal de uma existência. Uma profissão é importante, mas a vida de um homem não se esgota no trabalho. Não é o trabalho que deve nos dar uma identidade, e sim o relacionamento que cultivamos com outros seres humanos, os laços de afeto e solidariedade que tecemos e mantemos com aqueles com quem convivemos. Como escreveu Tagore, um poeta indiano, "Deus me estima quando trabalho, mas me ama quando canto".
Saibamos encontrar tempo para o amor e a poesia, para olhar o céu estrelado sobre nossas cabeças e para agradecer a Deus pelo dom da vida.
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