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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Professor e autoridade

  
   A globalização não é apenas um fenômeno econômico, político ou social. Ela se repete por toda parte, com alterações apenas de sentido cultural. E a crise no Ensino Básico é exemplo. Nas escolas europeias, a questão da disciplina e das relações de professores, alunos e seus pais tem sido tensa. Não raro o convívio é marcado pela violência. Nada muito diferente da nossa realidade.
    Por causa disso, além de se tratar da remuneração justa aos educadores e seu treinamento permanente, discute-se atribuir-lhes poderes de autoridade, para que possam impor a disciplina que anda escassa. Na leitura dos jornais de Portugal e Espanha no último mês, pude observar que a questão preocupa não só as famílias, mas as autoridades também, especialmente os governos conservadores recentemente eleitos. Todos veem a educação como algo importante na formação do cidadão. Um aluno arruaceiro e impune terá muita chance de vir a se tornar um homem problemático, sem disciplina e limites. Esta é a questão. Quem abusa do colega mais fraco amanhã fará o mesmo com o vizinho, o patrão, o empregado ou com a própria família.
    Urge cuidar desse assunto com seriedade. O professor precisa ser mais bem remunerado, treinado, revestido de autoridade para cumprir sua missão nos tempos modernos. Deve ser respeitado e respeitar o aluno, exigindo que os pais ajudem, e não atrapalhem, na formação. Estas manifestações lamentáveis a que temos assistido não deixam de ser fruto da má formação destes servidores públicos, que os levam à insubordinação, e de seus superiores, levianos, na tolerância.
    Progresso e respeito só se conseguem formando uma sociedade marcada pela cordialidade, os bons exemplos, a disciplina e a certeza de que não pode nem deve haver perdão para com transgressores habituais. Quem vive anistiando alimenta a desordem!!!
Aristóteles Drummond é jornalista

Fonte: www.odia.ig.com.br/opinião

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