Seguidores

domingo, 28 de outubro de 2012

Obsolência do ensino!


  
   Imaginemos que nosso cérebro é uma grande sala cheia de cabides. Se eu recebo uma peça, deixo-a dependurada num deles. A roupa representa o conhecimento novo com o qual tenho contato, e o cabide, o conhecimento prévio que tenho em meu cérebro.


   Daí decorre teoria de David Ausubel. Podemos ter uma aprendizagem mecânica e outra significativa. A diferença é simples: na mecânica, o que é ensinado pode não ter informações prévias na estrutura cognitiva dos alunos; na significativa, o que é passado tem relação com os conhecimentos já adquiridos — vale dizer que há cabides para dependurar o conteúdo novo.



  Tanto o aprendizado mecânico quanto o significativo podem ser adquiridos de dois modos: por recepção ou descoberta. No mecânico por recepção, os alunos recebem conhecimentos e não conseguem relacioná-los com a estrutura cognitiva que já têm; por descoberta, o aluno chega ao conhecimento por si só, mas não consegue relacioná-lo com os anteriormente adquiridos.



  Na aprendizagem significativa por recepção, os alunos recebem os conhecimentos e conseguem relacioná-los com a estrutura cognitiva que já possuem; na significativa por descoberta, os alunos chegam ao conhecimento por si só e conseguem fazer relacionamentos com as estruturas já existentes.



   Portanto, segundo esta teoria, para um aluno aprender é necessário buscar ao máximo esta relação entre o conhecimento novo e o já existente, ou seja: entre a roupa e o cabide. Este é o principal papel do professor e as várias linguagens usadas para obter este relacionamento.



 Para se identificar se um ensino está ultrapassado, basta verificar se há no desenvolvimento das aulas uma preocupação com os conhecimentos prévios. Se este fatofor considerado irrelevante pelo professor e pela escola, os alunos terão grande dificuldade para aprender por falta de significação por recepção ou por descoberta.

Hamilton Werneck é pedagogo e escritor
Fonte: http://www.dirigida.com.br  (Sábado,27/10/2012)

Final do XXIV Festival da Canção das Escolas Municipais – FECEM 2012


     Novos talentos estão sendo descobertos a cada Festival da Canção. No dia 24 de setembro foi realizado no Teatro Carlos Gomes, o XXIV Festival da Canção das Escolas Municipais. As dez Coordenadorias Regionais de Educação foram representadas, por meio das canções já eleitas nas etapas regionais.

   Alunos das dez Coordenadorias Regionais de Educação estiveram presentes, cantaram e encantaram a plateia com diferentes talentos.

 


   Durante a tarde ao som de muita música romântica, samba e forró centenas de alunos da Rede Pública Municipal de  Ensino participaram com muita animação.


  Este ano os grandes intérpretes foram homenageados, pois muitas canções que hoje conhecemos chegaram até nós através de grandes interpretações.

  Embalados por diferentes estilos a plateia participou durante todo o Festival. Enquanto todos aguardavam o resultado dos destaques do FECEM 2012, a Banda Gafieira Carioca fez mais uma vez o teatro se levantar com um repertório bastante animado e dançante.

 
     
     Estiveram presentes ao XXIV FECEM, autoridades da Secretaria Municipal de Educação como a Subsecretária de Ensino Profª Helena Bomeny, Assessoras e Representantes da Coordenadoria de Educação.

                 Subsecretária de Educação, Helena Bomeny e alunos do Núcleo de Arte Grécia –
           4ª CRE Karine Bonfim e Rodrigo Oliveira apresentadores do XXIV Festival da Canção
                                                      das Escolas Municipais

     O público ao final vibrou com a divulgação dos resultados:

Comunicação com o público - Ricardo Conceição Figueira - Escola Municipal Rugendas - 5ª CRE
Instrumentalista melódico - Isac de Oliveira Mesquita - Escola Municipal Liberdade - 10ª CRE
Instrumentalista de percursão - Matheus Matos - Escola Municipal Albert Einsten - 7ª CRE
Intérprete feminino - Divanisse Silva Soares Freitas - Núcleo de Arte Avenida dos Desfiles - 1ª CRE
Intérprete masculino - Lucas da Silva de Souza - Escola Municipal Nações Unidas - 8ª CRE
Letra - Teus olhos na estrada - Ronny de Souza Pereira - Escola Municipal Liberdade - 10ª CRE
Arranjo - Escola Municipal Barão de Santa Margarida - 9ª CRE
Canção - Flor de Madureira - Matheus Viana da Silva - Escola Municipal Rugendas - 5ª CRE

                                           Torcida mais animada Escola Municipal Andréa Fontes Peixoto 

     Todo o sucesso desse Projeto se dá ao trabalho em equipe entre as Unidades Escolares, Coordenadorias Regionais de Educação e Coordenadoria de Educação – Extensividade.

     Este projeto artístico-cultural é promovido pela Secretaria Municipal de Educação (SME) com o objetivo de despertar o interesse dos alunos pela música, passa por várias etapas antes de chegar à final. Após a SME enviar o regulamento do festival, as escolas inscrevem suas canções – no máximo duas – para concorrerem na etapa organizada pelas Coordenadorias Regionais de Educação (CREs). Cada CRE realiza um minifestival, na etapa regional em um espaço cultural de sua região e seleciona, por meio de um corpo de jurados, a música que a representará na Mostra Final – neste ano realizada no Teatro Carlos Gomes, produzida pelo Setor de Extensividade da SME.

     Com o objetivo de valorizar os novos talentos, por meio da Coordenadoria de Educação – Extensividade, foi produzido um DVD com os vídeos clipes das dez músicas vencedoras da Etapa Regional. Este DVD ilustrou o XXIV Festival da Canção das Escolas Municipais – FECEM 2012.

Representante do Rioeduca na E/SUBE/CED-Extensividade: Krisna Santos
Facebook: Krisna Santos
Twitter: @Krisnaleone
Telefones: 2976-2336 ou 2976-2291

TRI-CAMPEÕES NO XXIV FECEM DA 6ª CRE

     Nosso grito ficou preso na garganta. No dia do evento não foi possível gritarmos: -Tri-Campeões!!!!  Mas o fato é que, após a realização do XXIV FECEM, por motivos que não cabe aqui ressaltar, foi dado o 1º lugar à nossa Escola.  É isso aí!!!! Estaremos na final mais uma vez defendendo a canção "Tantos Planos" de autoria das alunas Ana Gabriele e Vitória, ambas da 1801.  Carlos Gomes que nos aguarde!!! Guerreiros da Escolaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!

Kátia Rodrigues da Silva
Profª  Ed. Musical

domingo, 21 de outubro de 2012

Fúria consumista


   O consumismo neoliberal gera uma proeza: a pessoa passa à condição de objeto, e o objeto — a mercadoria — ocupa a condição de sujeito. O consumo já não édeterminado pela necessidade. Depende, sobretudo, do sonho do consumidor de alcançar o status do produto.

   Isso mesmo: a mercadoria possui grife, status, agrega valor a quem a porta. Ao obtê-la, o consumidor se deixa possuir por ela. O valor que ela contém, criado pela mídia publicitária e pela moda, emana e impregna o consumidor. Em suma, o sujeito passa a ser tratado como objeto. Duplo objeto: por se sujeitar à mercadoria e por ser rechaçado por seus pares. Porque no sistema consumista só é aceito quem transita no universo do luxo e do supérfluo.

   Esse processo de desumanização estimula a obsolescência das mercadorias. Agora se produz para atender, não a uma necessidade, mas a um sonho. O produto adquirido hoje — carro, computador, iPad — estará obsoleto amanhã. Essa inversão do sujeito humano tornado objeto e do objeto transformado em ‘humano’ ou mesmo ‘divino’. Isso se dissemina através da publicidade, que não faz distinção de classes. O apelo é igual para todos.

   A diferença é que o rico tem fácil acesso aos novos ícones do consumismo. O pobre absorve os ícones e reconhece o quanto ele é socialmente descartado e descartável por não se revestir de objetos que imprimem valor às pessoas. Daí a frustração e a revolta.

   A frustração pode ser compensada pela inveja. A revolta leva ao crime — “Não sou como eles, mas terei, a ferro e fogo, o que eles têm”.

   Haverá limites à obsolescência? Tudo indica que não. A indústria há tempos aprendeu que o consumidor é irracional, não se move por princípios, e sim por efeitos. É a emoção que o faz aproximar do balcão.
Frei Betto

Fonte: http://odia.ig.com.br/portal/opiniao  (Domingo, 21/10/12)

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Valores do Professor, valores da inclusão!



Ao citar valores, podemos estar dizendo tantas coisas e não estar passando absolutamente nada. O que pode ser valor para um talvez não seja para outro. Por isso, a Educação para alguns é tão estimada e, para outros, nem tanto. Para alguns, ela é até dispensável; para outros, ela é permanentemente essencial.
Então, como podemos garantir o valor da Educação que acreditamos? Podemos experimentar dois caminhos para descobrir: um ligado a nós e outro ligado ao próximo. No caminho ligado a nós, é possível dizer que há valor nas coisas que fazemos de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento. E, no caminho ligado a outrem, o que reputamos como valor nos fará desejar para as pessoas o que desejamos para nós. Colocar-nos-á no mesmo espaço de igualdade e de afetos. São esses valores que constroem o ambiente educativo da escola e o transformam em espaço inclusivo.

Nossa prática  de ensino expressa seu valor mais evidente quando acreditamos na Educação e nos tornamos melhores mestres. O professor que valoriza seu ofício estuda. Forma-se, prepara-se, educa e educa-se. Sua capacitação, pesquisa e trabalho tornam-se o seu maior exemplo e inspiração, principalmente no que tange aos desafios que são impostos no ensino de alunos com necessidades educacionais especiais.

   Decerto, quando valorizamos a inclusão escolar, o educando jamais se torna um ser solitário compondo uma música que só ele ouve, pois ele faz parte de uma orquestra, cujo maestro é o seu desejo. É para este que ele sempre olha. E o professor? O professor é o músico que dá vida ao ritmo que sustenta a música até o final. A inclusão escolar começa em sua alma, contagia seus sonhos e amplia seus ideais.
Eugênio Cunha, Professor e Jornalista